Líder no financiamento de leves e usados, com base em dados macroeconômicos, todos os indicadores apontam para um ano promissor e com queda da taxa Selic
Os executivos do Banco BV, Roberto Padovani, economista-chefe, e Jamil Ganan, diretor de Negócios de Varejo, apresentaram à imprensa no dia 15 de novembro, na sede do banco, em São Paulo (SP), as projeções de comercialização de veículos leves e usados, a participação no volume de financiamentos e um cenário positivo para 2026, com uma economia estável, exportações em alta e taxa de desemprego baixa.

Segundo Ganan, “neste ano aumentou o volume de veículos comercializados usados, devendo terminar o ano com um crescimento de 10%. Embora a comercialização esteja um pouco acima de 10%, os financiados estão levemente decrescendo em relação a 2024, com uma queda de 2% a 3% neste ano”, analisou. Historicamente, a média de veículos financiados é de 30% do total. A exceção foi em 2024, com o maior volume de veículos financiados da história do Brasil.

O resultado se deve a fatores econômicos. “A taxa Selic aumentando, a
inflação afeta a capacidade de renda das pessoas e a capacidade de pagamento. Isso levou os bancos a fazerem um ajuste na política de concessão de crédito, por isso, embora a comercialização tenha crescido, a quantidade financiada foi menor do que em 2024”, disse Ganan.
Quanto à inadimplência, comentou Ganan, “a gente viu uma acelerada no começo do ano e tínhamos a hipótese de que poderia continuar acelerando até 2026. Hoje, entendemos que talvez já tenhamos atingido o pico de inadimplência no mercado, o que dá para 2026, no nosso cenário–base, uma perspectiva de um mercado positivo. Esperamos para o mercado, tanto de veículos comercializados como de financiados, um crescimento de um dígito em relação a 2025. Somado a uma perspectiva de taxa Selic menor do que em 2025, há uma perspectiva melhor para leves e usados em 2026”, afirmou.
Ganan comparou também a valorização dos usados com o IPCA (índice oficial da inflação). “Pelo IBV Auto, nós vimos neste ano uma valorização de preço de veículos usados levemente subindo em relação ao IPCA. Olhando para 2026, temos perspectivas de que o preço de veículos usados vai crescer levemente, mas em uma janela de doze meses, deverá ficar levemente abaixo da média do IPCA projetado para 2026”, explicou.
Por mês, o Banco BV negocia entre 40 mil e 60 mil novos contratos de financiamentos de veículos. “Nós temos um banco de dados fantástico, com muitas informações sobre o preço negociado e conseguirmos ter uma boa informação para o lojista, pois toda a sua estratégia de estoque se baseia nos preços dos veículos. Se ele tem insegurança de que o preço vai reduzir, ele reduz estoque”, comentou Padovani. O IBV Auto é o índice do banco BV que acompanha a variação de preços e a desvalorização dos automóveis leves usados, baseado em valores reais de financiamentos.
Comercialização de veículos no País
Padovani ilustrou o comportamento do volume de veículos comercializados no Brasil, somando novos e usados, leves e pesados. “Em 2004 se comercializava no País cerca de 10 milhões de veículos. Em 2014 saltou para 18 milhões. De 2014 até 2022 esse mercado oscilava na média de 17 milhões de veículos comercializados por ano. 2023 e 2024 foram dois anos espetaculares, e devemos fechar este ano com 21 milhões de veículos comercializados; uma economia muito forte”, ressaltou. A mudança para 2026 deve ser no ritmo de crescimento. “Continuará a crescer, mas o debate é em qual ritmo”, ponderou.
O executivo também mostrou que o mercado de veículos é influenciado pelo cenário macroeconômico e mesmo com a maior taxa Selic em 20 anos, o PIB continua a crescer. “Além das reformas que foram feitas no País, aumentou o peso das exportações na economia, não só por conta do agronegócio, mas o Brasil passou a ser referência em exportações de petróleo e caminha para ser o quarto maior produtor mundial. Com as exportações, isso faz com que a economia brasileira seja sólida. É difícil imaginar um cenário de recessão”.
Padovani acrescentou que, além destes dois fatores, o mercado de trabalho segue aquecido. “Isso faz com que os salários aumentem, portanto, a condição de renda explica por que mesmo com uma taxa de juros tão alta, as vendas de veículos continuam acontecendo. Uma parte pequena, 30% dos usados são financiados, mas 70% são à vista. Essa renda existe por conta de exportações e do mercado de trabalho. Esses fatores fazem com que o mercado fique muito confiante daqui para frente e as nossas projeções também no mercado de veículos”, afirmou. Além disso, o Banco Central já sinalizou que a taxa Selic deve cair no próximo ano.
Como risco, Padovani citou a desaceleração global, que impacta nos preços de commodities, o mercado muito instável nos Estados Unidos por conta de juros e inflação, e a bolha de ações no mercado norte-americano, que ainda não se sabe quando acontecerá, mas que já começou.
Liderança
O Banco BV segue na liderança de financiamentos de veículos leves e usados. “A carteira de veículos leves e usados continua sendo a principal carteira de crédito do banco. O terceiro trimestre deste ano terminou com uma carteira de crédito um pouco acima de R$ 102 bilhões, dos quais, cerca de R$ 42 bilhões são de negócios de leves e pesados, o principal gerador de lucro do banco”, citou Ganan.
Somente a carteira de crédito para leves e usados cresceu 8% em 12 mês, contados até o final do terceiro trimestre de 2025. “Dado esse contexto positivo, acreditamos que teremos uma boa performance em 2026. 2025 será o 13º ano consecutivo em que o BV continua na liderança como o banco que mais financia veículos usados e esperamos manter a liderança deste mercado”, finalizou.
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